O LOBISOMEM DE RESENDE


"Qual é o limite entre uma lenda e a realidade? Seria quando as duas se misturam, mostrando que o imaginário realmente existe?"


O Relato a seguir mostra como isso pode acontecer!

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Estava me lembrando dos casos que ouvia, quando criança, contados por meu pai e minha mãe, e me lembrei de um fato que aconteceu quando tinha 23 anos, hoje tenho 45.

Em minha cidade, Resende-RJ, cresci ouvindo relatos de pessoas, inclusive parentes e amigos, que tiveram encontros com lobisomens e outros bichos ou fantasmas, mas no meu bairro relatos sobre lobisomens é algo antigo e frequente.
Ainda hoje há casos de avistamentos, até que um dia aconteceu comigo... O relato é curto...

Num sábado à noite, mês de junho, fui a uma festa junina, a "Festa dos Mineiros", muito badalada aqui na cidade.
Saí da festa, deixei minha namorada em casa e fui para minha casa, morávamos bem perto um do outro.
Cheguei, abri o portão da garagem, guardei meu fusca verde na garagem e entrei em casa.
Tranquei a porta e fui beber uma água e procurar dormir.
Nisso ouvi os cachorros da rua muito agitados, inclusive os nossos dois cachorros estavam latindo muito no quintal.

Me lembrei na hora dos relatos de avistamentos que o povo do bairro tinha.
Pensei então, "vou ver essa merda agora..."
Fui pra porta da sala, que dava pro portão. Abri a janelinha da porta e ouvi um barulho estranho vindo da garagem.
Pensei comigo: "não é lobisomem nada, é algum safado tentando roubar o meu carro".
Abri a porta sai na varanda e não vi ladrão algum, o que vi foi um baita cachorro preto, muito preto, com pelos altos e arrepiados, parecia coisa de filme de terror.

A parte de trás do corpo tinha poucos pêlos e a da frente era muito peluda, como uma juba de leão, mas todo preto.
Impressionava pelo porte. Era mais ou menos do tamanho de um boi, enorme, as patas dianteiras eram pequenas desproporcionais ao corpo e às outras duas traseiras, ele parecia andar arrastando a parte da frente do corpo no chão.
Estava no portão da garagem de casa, comendo pedaços da calçada de concreto.
Mastigava e fazia barulho. Os cachorros da rua estavam ao seu redor e os de casa estavam do lado de dentro do portão latindo.
Ele n ão levantou a cabeça, não me viu ou fingiu que não me viu e saiu bem devagar andando pelo meio da rua.

Arrastava uma grande e grossa corrente.
Saiu andando devagar e uivando, e os cachorros foram atrás latindo.
Já dentro de casa ainda podia ouvir o seu uivo e os latidos dos cachorros.
No outro dia bem cedo contei pro meu pai o que eu havia avistado, e ele me chamou de doido irresponsável.
Disse que eu podia ter morrido.
Contei pro meu sogro e ele me disse a mesma coisa.
Pode parecer estranho um evangélico dizer isso, mas é a pura verdade o que relatei.
Tempos depois outras pessoas da vinzinhança, e inclusive da igreja também viram a mesma criatura.
Os mais antigos no bairro dizem que essa criatura vive por aqui há décadas, há vários relatos de aparições.

Ninguém sabe de onde vem, o que deseja e para onde retorna.
Todos só sabem, que é aterrorizante!


Enviado em nome de José Roberto
Resende - RJ - Brasil
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